
Terapias oncológicas
O principal objetivo do tratamento oncológico é a erradicação da doença.
Em doença metastática e/ou fases mais avançadas, o objetivo é a paliação, o prolongamento da sobrevivência com uma qualidade de vida razoável.
As terapias podem-se destinar a controlar o tumor (tratamentos antitumorais), ou então a controlar os sintomas provocados pelo tumor ou pelos tratamentos (cuidados paliativos):

TERAPIAS ONCOLÓGICAS

This is the heading
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.

This is the heading
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.

This is the heading
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.

This is the heading
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.

A oncologia radioterapêutica utiliza a radiação ionizante isoladamente ou em combinação com outras modalidades terapêuticas para o tratamento locorregional do cancro e de outras doenças não neoplásicas, provocando uma alteração no material genético.
A radiação penetra no meio material (órgão, ou parte do nosso corpo) e interage com ele, cedendo energia e provocando alterações biológicas nos tecidos vivos, especialmente nas células cancerosas para o seu controlo e a sua cura.
Aproximadamente 60-70% dos doentes oncológicos serão objeto de alguma modalidade de radioterapia no decurso da sua doença.
A intenção do tratamento pode ser:
- Curativa/Radical: Curar e/ou aumentar a sobrevivência livre de doença do doente.
- Paliativa: Controlo dos sintomas secundários do tumor ou das suas metástases (dor, compressão, hemorragia).
- Profilática: É a irradiação de uma localização anatómica com alto risco de lesão metastática após um tratamento radical.
Pode-se administrar das formas seguintes:
- Exclusiva/radical: É o único tratamento oncológico a que o doente é submetido.
- Neoadjuvante: Quando se efetua antes de outros tratamentos oncológicos.
- Adjuvância: Caso se administre depois de outros tratamentos oncológicos.
- Intraoperatória: Administração de uma dose única e elevada durante a intervenção cirúrgica.
- Concomitante: Administram-se ao mesmo tempo que a quimioterapia, obtendo-se melhores resultados do que se fosse efetuada uma aplicação de forma independente.
A radioterapia pode ser administrada de duas formas:
- Externa: A fonte emissora de radiação encontra-se afastada do doente (aceleradores lineares).
- Interna: Neste tratamento utilizam-se isótopos radioativos encapsulados que se introduzem no interior dos tecidos do doente ou em cavidades naturais. É o que se denomina de BRAQUITERAPIA.
Os avanços científicos e tecnológicos das últimas décadas permitiram que o tratamento radioterapêutico seja efetuado com alta precisão, preservando e minimizando os efeitos secundários.
Read moreShow lessEfeitos secundários independentes da zona de tratamento
- Fadiga
- Astenia
- Anorexia
- Ansiedade
Alteração hematológica
Read moreShow lessOs efeitos adversos causados pela radiação ionizante são efeitos locorregionais na área de tratamento e são determinados pelo efeito no tecido saudável circundante na zona tumoral.
- Os efeitos agudos são os que se manifestam durante o tratamento ou imediatamente depois da conclusão do tratamento, sendo habitualmente reversíveis e são solucionados sem deixarem sequelas clínicas. Os efeitos secundários agudos manifestam-se mais cedo nos tecidos que apresentam uma capacidade de proliferação rápida, como as mucosas, a medula óssea e a pele.
- São considerados como efeitos tardios os que aparecem após um período de latência de meses e até mesmo anos depois do fim do tratamento radioterapêutico. São geralmente considerados como irreversíveis e progressivos. Os tecidos que têm uma capacidade de reprodução mais lenta serão mais resistentes à irradiação, aparecendo os efeitos secundários mais tarde.
RADIODERMATITE
Denominam-se de radiodermatites as alterações que aparecem em maior ou menor grau na pele, incluindo a zona de tratamento da radioterapia. Estão relacionadas com a dose total e o seu fracionamento, com o tamanho e a localização da área tratada, com a técnica de irradiação e os tratamentos sequenciais e/ou concomitantes e com variáveis individuais do próprio doente. É o efeito secundário mais frequente.
Read moreShow less
MUCOSITE ORAL/XEROSTOMIA
A mucosite é a reação inflamatória devida à radioterapia que se manifesta com eritema, inflamação ou ulcerações Esta situação causa dor e hemorragia, e aumenta o risco de superinfeção. A mucosa afetada apresenta-se avermelhada e edematosa.
A xerostomia é a sensação de secura na boca devido à diminuição da saliva, provocada por uma alteração do funcionamento das glândulas salivares. A presença de saliva na cavidade bucal é muito importante para se evitar um desequilíbrio de micro-organismos no ambiente oral (disbiose) que pode dar passagem ao aparecimento de cáries, doenças nas gengivas, halitoses ou mau hálito, entre outros.
Com xerostomia, a saliva é de menor qualidade (mais viscosa e pegajosa), de menor quantidade e, além disso, pode-se notar um sabor salgado, dificultando a mastigação, fonação e deglutição.
Read moreShow less
MUCOSITE VAGINAL
A mucosite vaginal é a inflamação da mucosa que reveste a vagina. Apresenta-se durante os tratamentos oncológicos e é reversível.
Os sintomas podem incluir dor, ardor, comichão, vermelhidão, inflamação, secreção vaginal anormal e desconforto durante as relações sexuais. É importante que consulte o seu oncologista no caso de aparecimento de tais sintomas.
Read moreShow less
A quimioterapia consiste na administração de um citotóxico antineoplásico ou de vários ou a associação de vários. A maioria destes agentes é administrada por via intravenosa, mas também podem ser administrados por via intramuscular ou via oral.
O que faz é causar um efeito sistémico no organismo, provocando efeitos secundários, tanto nas células tumorais como no tecido saudável. A frequência e a duração da quimioterapia dependerão do tipo de cancro, dos objetivos do tratamento, dos medicamentos que serão utilizados e da forma como o corpo responder ao tratamento.
Efeitos secundários transitórios:
1. A nível hematológico:
- Anemia, que gera cansaço pela diminuição dos glóbulos vermelhos.
- Risco de sofrer infeções por diminuição dos glóbulos brancos.
- Risco de sangramento por diminuição das plaquetas.
2. Ao nível das mucosas:
- Mucosite oral, vaginal, retal, etc.
- Pode aparecer dor, risco de superinfeção bacteriana e/ou fúngica, sangramentos.
3. Neurotoxicidade: Neuropatias ao nível das mãos e dos pés que provocam formigueiro, alteração da sensibilidade, dor e diminuição da força.
4 .Alopecia: Parcial ou completa.
5. Alterações das unhas: Pode provocar alterações em:
- Pigmentação: (melanoníquia, leuconíquia e linhas de Beau)
- Infeção bacteriana/micótica: Lesões periungueais (paroníquia ou granuloma piogénico)
- Estrutura, crescimento e espessura: Efeito tóxico na lâmina ungueal. Alterações na pigmentação, fraqueza ungueal, onicólise e onicomadese. Hemorragias subungueais estilhaçadas (unhas fracas, delgadas e quebradiças).
6. Dor muscular e articular.
7. Toxicidade ovariana: Provoca uma irregularidade ou ausência de regras, que podem ou não ser recuperadas posteriormente. Além disso, com a ausência de regras, costumam aparecer sintomas menopáusicos, como sufocos, irritabilidade, perda de densidade mineral nos ossos, secura vaginal, etc.
8. Toxicidade cardíaca. Implica cansaço, edemas, sufoco, angina de peito (raro).
9. Hepatotoxicidade: É a inflamação do fígado induzida pelos medicamentos oncológicos. É importante que vigie sintomas tais como: icterícia, dor abdominal, fadiga, náuseas e vómitos, e que informe o seu oncologista se os tiver.
10. Toxicidade Renal: É o dano ou lesão nos rins causados pelos medicamentos oncológicos. Os rins são responsáveis por filtrar e eliminar os desperdícios e toxinas do corpo, pelo que qualquer dano na sua função pode ter graves consequências na saúde. Os sintomas da toxicidade renal podem incluir alterações na produção de urina, inchaço, fadiga, náuseas, vómitos, comichão na pele e alterações nos níveis de eletrólitos no sangue.
11. Pneumonite. É a inflamação do tecido pulmonar, causada pelos medicamentos oncológicos que, em geral, se resolve com tratamento apropriado (raro). É importante que vigie sintomas tais como: dificuldade em respirar, tosse persistente ou dor no peito. É importante que informe o seu oncologista se os tiver.
Efeitos secundários permanentes:
1. Miocardiopatias
2. Neurotoxicidade (Neuropatia sensitiva periférica)
3. Esterilidade
Cirurgia

A cirurgia oncológica é a especialidade dedicada ao manuseamento cirúrgico do cancro e das suas complicações.
Atualmente a cirurgia é uma opção curativa para múltiplos tipos de cancro, e muitas vezes é combinada com outros tratamentos, como por exemplo a quimioterapia e/ou a radioterapia, no âmbito de uma abordagem multidisciplinar da doença oncológica.
Outras terapias

Nos avanços do tratamento do cancro, a imunoterapia representou uma grande revolução, reativando e estimulando as defesas o sistema imunológico do doente na luta contra o seu tumor, e inclui todos os produtos de origem biológica.
Uma forma de classificar as novas terapias em oncologia pode ser a seguinte:
1. Terapias biológicas:
- Imunoterapias não específicas
- Vírus oncolítico
- Vacinas contra o cancro
- Células CAR-T
2. Terapias dirigidas:
- Anticorpos monoclonais
Terapias moléculas pequenas
Read moreShow less